'Você é idiota?', diz Trump a repórter que o questionou sobre afegão que atirou contra militares em Washington
Trump chama repórter mulher de 'idiota' por pergunta sobre atirador de Washington D.C. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou na quinta-feira (2...
Trump chama repórter mulher de 'idiota' por pergunta sobre atirador de Washington D.C. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou na quinta-feira (27) uma repórter mulher de "idiota" ao ser perguntado sobre o afegão acusado de atirar contra dois soldados da Guarda Nacional em Washington D.C. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A repórter perguntou a Trump durante uma coletiva de imprensa a razão pela qual ele culpa seu antecessor, o democrata Joe Biden, pela entrada do afegão Rahmanullah Lakanwal nos EUA, algo que o governo do republicano tem feito repetidamente desde o ataque perto da Casa Branca que matou uma soldada e deixou outro em estado crítico. Em sua pergunta, a mulher também desmentiu parte das afirmações de Trump ao relembrar que seu Departamento de Justiça afirmou neste ano que os afegãos que entraram nos EUA a partir de 2021, sob um programa governamental para refugiados de países em guerra, tiveram seus antecedentes criminais checados. Em resposta, Trump voltou a afirmar que foi o governo Biden quem deixou o afegão entrar no país e ofendeu a repórter. “Você é idiota? Você é uma pessoa idiota? Porque ele [afegão] veio em um avião junto com milhares de outras pessoas que não deveriam estar aqui. E você só está fazendo perguntas porque é uma pessoa estúpida”, disse. Lakanwal, de 29 anos, atirou contra dois soldados americanos em Washington D.C., a poucos metros da Casa Branca, na quarta-feira (leia mais abaixo). O soldado Andrew Wolfe, de 24 anos, e o afegão estavam internados em estado crítico até a última atualização desta reportagem. Nesta sexta-feira, o governo Trump abriu caminho para a aplicação da pena de morte para Lakanwal, porque ele teve as acusações contra ele elevadas para para homicídio doloso em primeiro grau. Militares baleados em Washington Departamento de Justiça dos EUA O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou em setembro um decreto que instituiu a pena de morte para crimes como homicídio em Washington D.C. À época, os EUA estavam nas primeiras semanas da intervenção federal na segurança da capital. A pena de morte em Washington D.C. pode enfrentar obstáculos jurídicos, porém ainda não se sabe se esse será o caso para Lakanwal. O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que a investigação de terrorismo contra o afegão está em andamento e que agentes executaram vários mandados de busca, incluindo na residência atual do suspeito, e todas as pessoas encontradas na casa foram interrogadas. O autor do ataque foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, um cidadão afegão que, segundo as autoridades, chegou aos EUA em 2021. O diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou que Lakanwal trabalhou com a CIA e outras agências americanas como membro de uma força parceira em Kandar, no Afeganistão, durante a presença militar dos EUA no país. Dois militares baleados perto da Casa Branca, nos Estados Unidos Saiba mais sobre o ataque Membros da Guarda Nacional permanecem juntos atrás de uma fita amarela, após dois membros da Guarda Nacional terem sido baleados perto da Casa Branca em Washington REUTERS/Nathan Howard Dois integrantes da Guarda Nacional foram baleados e socorridos em estado grave após um ataque nesta quarta-feira (26) perto da Casa Branca, em Washington, D.C. A sede do governo dos Estados Unidos chegou a ser colocada em “lockdown” e o presidente dos EUA, Donald Trump, que não estava na capital no momento do crime, afirmou em uma rede social que o atirador é um “animal” que “pagará um preço muito alto”. Mais de 2 mil soldados da Guarda Nacional foram enviados a Washington em agosto, depois que Trump assumiu o controle federal da polícia da capital. A medida enfrentou resistência da prefeita de Washington, Muriel Bowser, que classificou a intervenção como “alarmante e sem precedentes”. 🪖O que é a Guarda Nacional? A Guarda Nacional é formada por militares da reserva que vivem como civis e são convocados quando necessário. Ela atua em situações de emergência, desastres naturais e missões de segurança. Apesar de ser comandada principalmente pelos estados, pode ser acionada pelo governo federal para operações específicas. 🏛️Por que a Guarda estava em Washington? A presença atual da Guarda Nacional na capital começou em 11 de agosto de 2025, quando o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva declarando “emergência criminal” em Washington. O decreto permitiu mobilizar soldados para apoiar as forças locais, proteger prédios federais e reforçar o patrulhamento das ruas. Mais de 2 mil membros da Guarda Nacional foram enviados à capital dos EUA. A medida enfrentou resistência da prefeita de Washington, Muriel Bowser. Ela classificou a intervenção como “alarmante e sem precedentes” e disse que não estava surpresa, considerando a “retórica do passado” de Trump. Na semana passada, uma juíza federal determinou o fim da operação, mas suspendeu a própria decisão por 21 dias para dar tempo ao governo Trump de retirar as tropas ou recorrer. 📜Papel da Guarda Nacional na área da Casa Branca A segurança diária da Casa Branca é responsabilidade do Serviço Secreto, que controla acessos e protege o presidente. A Guarda Nacional não faz a proteção de rotina do local. Durante a mobilização federal, porém, passou a atuar no entorno da área, ocupando pontos estratégicos, reforçando a vigilância de vias próximas e oferecendo apoio às autoridades responsáveis pela segurança da região central de Washington. 🚨Como foi o ataque? Os dois soldados estavam em missão de patrulhamento quando foram atacados. A região foi isolada após os tiros, e equipes de segurança reforçaram os bloqueios próximos à Casa Branca. As investigações continuam para determinar a motivação e as circunstâncias do crime. Trump não estava na Casa Branca no momento do ataque. Ele deixou Washington na noite de terça-feira e viajou para a Flórida, onde deve passar o feriado de Ação de Graças. O vice-presidente J.D. Vance também não está na cidade. Em uma rede social, Trump chamou o atirador de “animal” e disse que os militares foram socorridos em estado grave. Segundo ele, o autor dos disparos ficou gravemente ferido e “pagará um preço muito alto” pelo ataque. Ataque aconteceu próximo da Casa Branca Juan Silva/Arte g1