Tomografia, dieta especial e 3 meses de quarentena: cachara do Pantanal ganha nova chance

Cachara se recupera após 3 meses de quarentena para tratamento Uma cachara que passou três meses em quarentena no Bioparque Pantanal, em Campo Grande, foi rei...

Cachara se recupera após 3 meses de quarentena para tratamento Uma cachara que passou três meses em quarentena no Bioparque Pantanal, em Campo Grande, foi reintroduzida em um tanque externo. O peixe foi internado após apresentar perda de apetite e suspeita de disfunção hepática. Veja o vídeo acima. Durante a internação, a cachara recebeu medicação intramuscular e foi monitorada continuamente pela equipe veterinária. Segundo o Bioparque, o animal respondeu bem ao tratamento e agora deve ser levado de volta a um dos aquários de visitação. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp O caso ganhou destaque porque, em 15 de setembro, o peixe passou por exames de ultrassom e tomografia computadorizada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Foi a primeira vez que uma cachara do Bioparque realizou tomografia. O exame foi feito por especialistas da universidade e acompanhado por estudantes de Medicina Veterinária. Exame único A tomografia foi possível graças a uma parceria entre o Bioparque e o Hospital Veterinário da UFMS, que possui um aparelho adaptado para uso exclusivo em animais. O equipamento, fabricado originalmente para humanos, foi adquirido pela instituição para pesquisas e procedimentos veterinários. A equipe técnica decidiu levar o animal à universidade depois que ele apresentou perda de peso e deixou de se alimentar, mesmo com mudanças na dieta. A intenção era investigar possíveis causas internas, como obstruções ou alterações orgânicas. O médico-veterinário Edson Pontes, responsável pelo acompanhamento, explicou que os exames ajudaram a direcionar o tratamento e avaliar a recuperação do peixe. Ele também destacou o processo de preparação para a reintrodução da cachara ao tanque externo. Espécie A cachara pertence ao mesmo gênero do pintado (Pseudoplatystoma), mas tem características próprias, como listras escuras no corpo que lembram camuflagem. A espécie é considerada mais sedentária e territorialista, especialmente na fase adulta, permanecendo no fundo dos rios à espera das presas. Peixe passou por tomografia na UFMS. Bioparque Pantanal/Reprodução Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: