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Há 1 ano, SP registrava pior agosto da história em número de queimadas; relembre

Há 1 ano, onda de incêndios causava prejuízos e transtornos ao interior de SP Há um ano, São Paulo vivia o pior dia da história mais recente do estado env...

Há 1 ano, SP registrava pior agosto da história em número de queimadas; relembre
Há 1 ano, SP registrava pior agosto da história em número de queimadas; relembre (Foto: Reprodução)

Há 1 ano, onda de incêndios causava prejuízos e transtornos ao interior de SP Há um ano, São Paulo vivia o pior dia da história mais recente do estado envolvendo o meio ambiente. Em 23 de agosto de 2024, diversas cidades, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto (SP) e São José do Rio Preto (SP), ardiam em chamas sem precedentes. Naquele dia, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 1.886 pontos de incêndio, uma média de 78,5 focos a cada uma hora. 📱 Siga o g1 Ribeirão Preto e Franca no Instagram Entre 22 e 23 de agosto, ainda de acordo com o Inpe, São Paulo tinha 2.316 focos, número quase 7 vezes maior do que o registrado em todo o mês de agosto de 2023, quando foram contabilizados apenas 352 incidentes. Incêndio em canavial na região de Ribeirão Preto (SP) Reprodução/EPTV O fogo fez o dia 'virar noite' e assustou moradores em Ribeirão Preto e nas cidades vizinhas de Cravinhos (SP), Dumont (SP), Jardinópolis (SP) e Sertãozinho (SP). A visibilidade dos motoristas foi completamente afetada pela fumaça, o que resultou em acidentes e engavetamentos nas rodovias da região. LEIA TAMBÉM SP registra em 2 dias quase 7 vezes mais incêndios do que em todo o mês de agosto de 2023 Fumaça de novos incêndios 'antecipa' anoitecer e assusta moradores no interior de SP Incêndios fazem dia 'virar noite', assustam moradores e colocam região de Ribeirão em alerta Queimadas que assolaram SP resultaram em 39 indiciados e 107 inquéritos instaurados A região esteve entre as mais atingidas do estado de São Paulo, o que comprometeu também plantações e resultou em áreas de vegetação destruídas e prejuízos à saúde dos moradores devido a um dos piores índices de qualidade do ar já registrados pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesb). Aulas foram suspensas, competições esportivas e atividades ao ar livre foram canceladas e cerca de 50 cidades ficaram em alerta. Visibilidade dos motoristas foi afetada em rodovias da região de Ribeirão Preto por causa dos incêndios Arquivo pessoal Também no dia 23 de agosto, uma área equivalente a 460 mil campos de futebol ou a cinco vezes o tamanho do município de Ribeirão Preto foi queimada entre canaviais e áreas de vegetação, segundo um levantamento da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste). À época, especialistas ouvidos pelo g1 atribuíram o número recorde de queimadas no curto período a uma somatória de condições climáticas chamada de triplo 30, que envolve três fatos principais: Umidade relativa do ar abaixo de 30% Temperaturas acima de 30ºC Ventos com mais de 30 km/h Diante da situação, um gabinete de crise chegou a ser montado pelo governo paulista. As Forças Armadas também foram acionadas para ajudar no combate às chamas. Incêndios assustaram moradores da região de Ribeirão Preto, SP, em agosto do ano passado Reprodução/EPTV As autoridades atribuíram o acúmulo de incêndios a questões climáticas, mas também apuraram a responsabilidade humana. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 107 inquéritos policiais foram instaurados, resultando na identificação e no indiciamento de 39 pessoas. Dezenove delas foram presas em flagrante e 11 tiveram as prisões preventivas decretadas. Destas, duas responderam criminalmente, segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. São elas: Alessandro Arantes, preso em Batatais (SP), em 25 de agosto: condenado em junho deste ano a dois anos, oito meses e 20 dias de prisão em regime fechado. Recursos de defesa e Ministério Público ainda estão sendo julgados. Moisés de Faria Borges, preso em Franca (SP), em 28 de agosto: condenado em abril deste ano a quatro anos de prisão em regime aberto. O g1 tenta localizar as defesas dos dois. 📺 Relembre como foram os incêndios: Concessionária intensifica trabalho para monitorar focos de incêndio na região de Ribeirão Um ano depois Um ano depois do período catastrófico, autoridades ambientais garantem ter reforçado as ações preventivas, mas também pedem o apoio dos moradores. Além da conscientização para práticas simples, como não descartar materiais inflamáveis em áreas potenciais, a recomendação é a de denunciar os responsáveis, para que eles possam responder criminalmente e, inclusive, serem presos por até seis anos, segundo a promotora de Justiça Cláudia Habib, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) de Ribeirão Preto. "Nós estamos tratando de um desastre. Um desastre, que vai muito além de um dano ao meio ambiente. Diz respeito ao dano à saúde pública, diz respeito ao dano ao patrimônio e coloca a vida das pessoas em perigo" Na sexta-feira (22), exatamente um ano após o primeiro registro de foco de incêndio que deu início a uma série de outras ocorrências, um canavial às margens da estrada vicinal Osvaldo Gilberto, entre os municípios de Igarapava (SP) e Rifaina (SP), pegou fogo e fumaça tomou conta da pista. A proporção das chamas inviabilizou o tráfego seguro pelo local e motoristas foram orientados a não passarem pelo trecho. Fogo fora de controle se alastra por canavial ao lado de vicinal entre Igarapava e Rifaina, SP Defesa Civil Em nota, a Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que, por volta das 17h30 de sexta-feira, monitorava oito ocorrências de incêndio em diferentes áreas, duas delas, na região de Ribeirão Preto. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região